Mostrando postagens com marcador prosa poética. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador prosa poética. Mostrar todas as postagens

domingo, 8 de janeiro de 2012

Encontro de Almas


Muito tempo eu o esperei, muito sonhei
Com você, sabia que quando o visse, logo o
reconheceria, pois metade da minha alma
com você permanecia...

Você chegou de repente, tão seguro e sedutor
Se aproximou devagar e meu coração disparou
Nossas almas se juntaram, seguiu-se um
diálogo encantador...

Minha alma disse a sua: Até que enfim você
me achou. Dizendo que há algum tempo, ela
andava em uma cidade, em uma rua qualquer
sentiu um perfume no ar, era sua proximidade
Ela o viu de relance e ele nem percebeu...

Como nada aconteceu, pensou...Não foi
desta vez! Continuou seu caminho, com um
vazio no peito e com saudades de alguém
que nem sequer conheceu...

Sua alma disse a minha: Junto a ele eu fui feliz
ouvia belas canções e até de um tal Neruda
alguns versos decorei, em palácios e barracos
vivi grandes aventuras, sentia imensa ternura
por alguém tão sonhador...

Mas vou logo te avisando, não pense que vai
ser fácil, ele é como um beija-flor, voa livre
pelos campos, beija a todas no caminho, e não
se prende a nenhuma flor...

Refletindo o que me disse, minha vida é tão
vazia, que vale a pena tentar, quero ouvir
lindos versos e também belas canções, quero
viver em barracos, mas viver um grande amor...


Autora: Leila Mustafa Cury

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Nunca te tive, mas te perdi..


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 






Pensamentos que extrapolam o limite
da razão
Talvez por ter recebido migalhas de felicidades
O pouco é muito, para quem não tem  nada...

A realidade vem abruptamente a minha frente
Pudera eu retroceder e reescrever novamente a
minha história. Não manteria a chama da vela
acesa, quando tormentas e ventanias
teimavam em apagar...
 
Seus gestos, seus olhos me diziam o que eu não
queria ouvir. Esperava o abraço compartilhado
o beijo apaixonado, mas era eu, e só eu que o
abraçava, que o beijava. Hoje choro por algo
que acho que perdi, mas não se perde o que
nunca se teve...
 
Era eu que em sonhos, revia encontros que
não houve, vinhos que não tomamos, músicas
que não dançamos, beijos que não trocamos
Era eu que sentia seu cheiro, o gosto do
vinho, o som da melodia, o sabor do teu beijo...
 
Há! Desavisado coração, que não me mostrou a
razão! Onde me enganei? Porque não me disseste
Que das minhas entranhas que jorravas doçuras
receberia tanta dor?...
 
Não fale comigo coração! É de você que estou de mal
Você é o culpado por meus olhos rasos d’água, pelo
ofegante arfar do meu peito angustiado, por não por
fim a essa espera ansiosa...
 
De não tirar as imagens que em meus sonhos surgem
Por manter acesa a esperança de minh'alma ávida.
Coração você venceu, insistindo em me dizer...
Não lamentes os sonhos que já teve outrora, pois
no toco da vela ainda há um fio de luz.


Autora: Leila Mustafa Cury

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Amor Além da Eternidade

 O dia amanhacera, quando ele a avistou,
 com um vestido de chita e no cabelo uma flor.
 Meu pai com seu jeito nobre, de minha mãe
 se aproximou...

 Menina como é seu nome? Deslumbrada, com
 tão belo homem, com timidez respondeu,
 Ruth Arruda meu senhor. Eu me chamo,
 Mohamed Alí Mustafa, mas prá você, sou Agenor...

 É que estive na guerra e hoje sou um desertor.
 Verdadeiro só o sobrenome, eu escolhi o Agenor.
 E da soleira da porta, ela se levantou, tirou a flor do
 cabelo e para ele entregou...

 Quando secar, guarde dentro em um livro, para
 nunca me esquecer. Menina eu sou um nômade,
 não tenho muitas paradas, vou seguir o meu caminho,
 não tenho eira nem beira, nada a lhe oferecer...

 Meu senhor, também sou pobre, mas, meu pai é um
 homem rico, poderá nos ajudar. Porque és pobre com pai
 rico? E ela lhe respondeu, é uma história triste, sem mãe,
 sem lar, sem amor...

 De seu pai, só quero a filha, meu orgulho não tem
 preço, em palácios ou barracos, nunca vou te 
abandonar. Menina luz dos meus olhos! 
Voltarei prá te buscar. Vou ganhar algum dinheiro,
 para contigo casar...

 Com um sorriso radiante, ela assim lhe respondeu,
 tenho apenas 15 anos e muito tempo prá esperar.
 Todos os dias as cinco, sentarei aqui na porta, na
 esperança te ver voltar...

 E ele foi se afastando, altivo levando a flor.

 Numa tarde fria de inverno, ele apareceu. Trazia
 uma linda caixa, dentro um vestido lilás. 
Menina, vim aqui prá te buscar. Andei por muitos 
caminhos, vivi muitas aventuras, não consegui
 te esquecer.

Quer saber o fim da história? Ela nunca terminou, o 
moço belo de outrora, foi o único que ela amou. 
Tiveram nove filhos, eu sou a quinta desse amor.

 Um dia ele partiu, pouco depois ela o acompanhou.
 A flor seca, o livro e algumas fotos desbotadas,
 foi a herança, a lembrança e a saudade que ficou...

 E lá na eternidade, estão juntos abraçados, pois
 a missão foi cumprida, desde aquele vestido de
 chita, deixaram muitos frutos desse amor.
 Dentre eles havia um  anjo, que com seus
 lindos olhos verdes, na velhice os amparou.

 Autora: Leila Mustafa Cury

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Rosa Azul

Imagem reprodução

Havia uma borboleta voando por um Jardim
procurando uma rosa com as pétalas azuis
Encontrou um cravo triste, e por ela perguntou...

Olá meu amigo cravo, porque você esta triste?
Cadê a rosa tão bela? Conte-me o que lhe sucedeu?
Pouse aqui nesse canteiro, amiga vou te contar...

Ontem ela estava linda, com as gotas do orvalho
realçando a cor azul, sua beleza refletida sob o
brilho das estrelas e o alvo lençol do luar...

Um andante que passava fitou-a extasiado.
Meu Deus! Como é linda essa flor. Arrancou-a
com carinho desviando dos espinhos para não
se ferir e sentir a dor...

Ela muito assustada olhou-me com agonia
Pois no intimo sabia, que arrancada morreria
e sem vida murcharia, perderia seu encanto...

Ferida, sozinha, em pranto, só uma rosa seca
jogada ao vento, rolando a esmo, ao léu ou
soprada ao relento, voando sem rumo ou quem
sabe esquecida guardada num livro...

Mas o que ela não sabia é que o moço tinha um
plano, plantaria em seu jardim, junto aos
lírios, cravos, acácias e alecrins...

Reinaria soberana, onde amantes, loucos e
apaixonados que por ali passar, sentirem uma
emanação agradável perfumando o ar...

Ao saber desse detalhe, começou a se acalmar
Sentiu saudades do cravo, que lhe dizia amar
Lembrou-se da borboleta que voava pelos campos,  
pousando de flor em flor, sabia que
qualquer dia ali, ela iria passar...

Mandar-lhe-ia um recado, mas ou menos assim: Meu
querido cravo branco, não chores a minha ausência
no jardim que tu ficaste, sempre haverá outra flor
eu nesse jardim florido, encontrarei outro amor.

Autora: Leila Mustafa Cury

segunda-feira, 26 de julho de 2010

As Flores do Meu Jardim



Plantamos duas plantinhas em um pequeno jardim,
e regando com carinho vi florescerem tão belas,
tal qual lúcidas quimeras, anunciando a primavera

Eu como uma borboleta no papel de sentinela.
Ele como jardineiro sempre a adubar a terra.

À noite quando chovia nós retínhamos os pingos,
Quando fazia frio, nós sempre os aquecíamos.
Quando o sol esquentava, nossa sombra os protegia,

Com o passar do tempo às flores muito inquietas
Imaginaram serem pássaros e assim abriram as asas,
bocejando uma canção, voaram a minha frente.

Acompanhei com o meu olhar, o desenho de suas asas,
tão perfeito em seu padrão, lembrava-me rosas e lírios
com toda sua perfeição. E as plantinhas voaram, pousaram
em outros jardins.

Conheceram outras flores e retornaram feliz.
Orquídeas, girassóis, tulipas, lindas rosas,
Crisântemos tão sérios, hortênsias mais dengosas,
Margaridas lindas, violetas majestosas.

O jardim que era belo ficou mais encantador!
Com cravos, lírios, rosas e margaridas, até um par de botões.
Tem botões ainda por vir pra enfeitar mais esse jardim

Dançavam pros meus olhos, e encantavam minha vista.
Fazendo-me entender que esta cena imprevista,
Era um prenúncio bom! A obra-prima de um Artista.


Autora: Leila Mustafa Cury



quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O Girassol e a Rosa

Imagem reprodução
Quando Van Gogh pintou, campos com girassóis, tu 
eras um entre tantos, que sua simples presença,
ele sequer percebeu...

Era um homem atormentado, que arrancou
a própria orelha, e em Paris se matou,
mas foi a cor amarela que sempre 
o fascinou...

Oh Girassol amarelo, conseguiu me seduzir,
te plantei no meu jardim, e fiz um lindo poema,
contando a historia da rosa, com o cravo que
a encantou...

Te tirei do ostracismo, por sua forma imponente,
notável por“olhar”para o sol.
Mesmo coadjuvante, seu papel foi importante,
De um Girassol arrogante, com sua luz
você brilhou...

Roubou a cena da história e muitos fãs conquistou
Há tempos eu não o vejo, mas sei de fontes seguras,
que a arrogância é sua defesa, pois tens que ter
sutileza,pra viver entre gerânios e hortênsias
sem nobreza...

Uma vez alguém lhe disse, a Rosa tem muita sorte,
você assim respondeu, eu prefiro alguém com
sorte, e tendo também espinhos, não terei 
que proteger...

No jardim que tu ficaste, mesmo sem rosas e cravos,
outras flores nascerão, continuarás sendo único, 
iluminado pelo sol, regado pelos orvalhos, amado
pelas estrelas serás sempre
o Girassol...


Autora: Leila Mustafa Cury

Algemas

Imagem reprodução


Me sinto algemado pelos laços da tristeza,
pudera alguém ver-me a alma, e esta se 
assustaria ao ver a lama que se instala

Sou presa fácil para predadores, sem forças
para seguir, sem condições de encontrar saídas,
sem perspectivas do amanha

Qual redoma foi criada? Que cordão eu 
não cortei? Medo, solidão, talvez! 
Transformar-me ia senão em nada, nada
é o que espero.

Outrora a passos largos decididos, cabeça 
erguida, peito inflado, paixão pela vida. 
Hoje, algemas, tristezas, culpas

Depois de perdas e danos, algo lindo 
vislumbrei, dois pares de olhos negros, 
que um dia abandonei, esse brilho 
ofuscante me guiou por instante

Até a fresta da loucura, onde estava a lucidez
Elas são tudo que tenho e não as quero perder
Foi nela, a lucidez, que com força me agarrei

Com a luz daqueles olhos, um atalho eu encontrei
fiz o caminho de volta, na mala as poucas roupas,
mas na mente a esperança de parar com essas
andanças

Despir-me da arrogância, refugiar-me em seus abraços
Sentir-me também amado, meu coração abrandar
O silêncio não é o que cala, mas sim o que silencia

Pra finalmente dizer! Isto sim se chama paz.


Autora: Leila Mustafa Cury






sábado, 19 de setembro de 2009

A ROSA E O CRAVO


 Uma Rosa e seus espinhos, sua cor escarlate, sua presença marcante, tão segura e provocante, temida por outras flores, desde as simples Margaridas até um Girassol arrogante.

Que quase sempre lhe dizia, oh! Rosa atrevida Rosa, não queira sempre brilhar, fui pintado por Van Gogh e tenho a quem reclamar.
Foi reinando absoluta, até o Cravo chegar, imponente e sedutor, espécie única entre, hibiscos, gerânios e dentes de leão.

Curioso ele ria, das Onze horas, que só floria e morria por volta do meio-dia. A noite ele sentia um perfume tentador, e inebriado, ele não entendia porque ao amanhecer do dia, ele não mais o sentia, era a tal Dama da noite, que ele nem conhecia.

Mas a Rosa estava lá, ele quase não a via, e seu perfume suave ele sequer percebia, se outra flor se aproximasse com seus espinhos as afastava.
A Rosa muito carente foi ao encontro do Cravo, se aproximou devagar, ele ficou encantado, mas foi logo lhe avisando, fique quieta no seu canto, não tenho medo de espinhos, mesmo que eu não os tenha, posso até lhe machucar.

Ela muito atrevida prontamente respondeu, se não tens medo de espinhos, o que terás a perder? Com meu perfume suave, posso até lhe surpreender!
A Rosa ficou por perto, quando o sol esquentava, ela lhe fazia sombra e quando a chuva caia, ela retinha os pingos e só o orvalho ele sentia, e assim o protegia.

E o tempo foi passando, muitas coisas acontecendo, o jardim tão belo outrora, foi se desvanecendo,o Cravo foi arrancado e a Rosa lhe acompanhou, o jardim ficou tão triste, que a primavera chorou, perdeu a Rosa tão bela e o Cravo que a encantou.

Em outros jardins distantes, a aventura não parou, entre sorrisos e lagrimas, unidos ou separados, estão sempre apaixonados, pois o encanto não acabou.
Tempestades e calmarias, mas talvez quem sabe um dia, eles encontrem a paz, na sombra de um limoeiro ou debaixo dos laranjais.

Autora: Leila Mustafa Cury

Prosas e Versos

Prosas e Versos
Prosas e versos que falam mais de mim do que eu mesma!

Quem sou eu

Minha foto
Adoro escrever sobre borboletas azuis, sobre pássaros, flores, amores e emoções.