procurando uma rosa com as pétalas azuis
Encontrou um cravo triste, e por ela perguntou...
Olá meu amigo cravo, porque você esta triste?
Cadê a rosa tão bela? Conte-me o que lhe sucedeu?
Pouse aqui nesse canteiro, amiga vou te contar...
Ontem ela estava linda, com as gotas do orvalho
realçando a cor azul, sua beleza refletida sob o
brilho das estrelas e o alvo lençol do luar...
Um andante que passava fitou-a extasiado.
Meu Deus! Como é linda essa flor. Arrancou-a
com carinho desviando dos espinhos para não
se ferir e sentir a dor...
Ela muito assustada olhou-me com agonia
Pois no intimo sabia, que arrancada morreria
e sem vida murcharia, perderia seu encanto...
Ferida, sozinha, em pranto, só uma rosa seca
jogada ao vento, rolando a esmo, ao léu ou
soprada ao relento, voando sem rumo ou quem
sabe esquecida guardada num livro...
Mas o que ela não sabia é que o moço tinha um
plano, plantaria em seu jardim, junto aos
lírios, cravos, acácias e alecrins...
Reinaria soberana, onde amantes, loucos e
apaixonados que por ali passar, sentirem uma
emanação agradável perfumando o ar...
Ao saber desse detalhe, começou a se acalmar
Sentiu saudades do cravo, que lhe dizia amar
Lembrou-se da borboleta que voava pelos campos,
pousando de flor em flor, sabia que
qualquer dia ali, ela iria passar...
Mandar-lhe-ia um recado, mas ou menos assim: Meu
querido cravo branco, não chores a minha ausência
no jardim que tu ficaste, sempre haverá outra flor
eu nesse jardim florido, encontrarei outro amor.
Autora: Leila Mustafa Cury
Nenhum comentário:
Postar um comentário