quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Rosa Azul

Imagem reprodução

Havia uma borboleta voando por um Jardim
procurando uma rosa com as pétalas azuis
Encontrou um cravo triste, e por ela perguntou...

Olá meu amigo cravo, porque você esta triste?
Cadê a rosa tão bela? Conte-me o que lhe sucedeu?
Pouse aqui nesse canteiro, amiga vou te contar...

Ontem ela estava linda, com as gotas do orvalho
realçando a cor azul, sua beleza refletida sob o
brilho das estrelas e o alvo lençol do luar...

Um andante que passava fitou-a extasiado.
Meu Deus! Como é linda essa flor. Arrancou-a
com carinho desviando dos espinhos para não
se ferir e sentir a dor...

Ela muito assustada olhou-me com agonia
Pois no intimo sabia, que arrancada morreria
e sem vida murcharia, perderia seu encanto...

Ferida, sozinha, em pranto, só uma rosa seca
jogada ao vento, rolando a esmo, ao léu ou
soprada ao relento, voando sem rumo ou quem
sabe esquecida guardada num livro...

Mas o que ela não sabia é que o moço tinha um
plano, plantaria em seu jardim, junto aos
lírios, cravos, acácias e alecrins...

Reinaria soberana, onde amantes, loucos e
apaixonados que por ali passar, sentirem uma
emanação agradável perfumando o ar...

Ao saber desse detalhe, começou a se acalmar
Sentiu saudades do cravo, que lhe dizia amar
Lembrou-se da borboleta que voava pelos campos,  
pousando de flor em flor, sabia que
qualquer dia ali, ela iria passar...

Mandar-lhe-ia um recado, mas ou menos assim: Meu
querido cravo branco, não chores a minha ausência
no jardim que tu ficaste, sempre haverá outra flor
eu nesse jardim florido, encontrarei outro amor.

Autora: Leila Mustafa Cury

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