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domingo, 8 de janeiro de 2012

Encontro de Almas


Muito tempo eu o esperei, muito sonhei
Com você, sabia que quando o visse, logo o
reconheceria, pois metade da minha alma
com você permanecia...

Você chegou de repente, tão seguro e sedutor
Se aproximou devagar e meu coração disparou
Nossas almas se juntaram, seguiu-se um
diálogo encantador...

Minha alma disse a sua: Até que enfim você
me achou. Dizendo que há algum tempo, ela
andava em uma cidade, em uma rua qualquer
sentiu um perfume no ar, era sua proximidade
Ela o viu de relance e ele nem percebeu...

Como nada aconteceu, pensou...Não foi
desta vez! Continuou seu caminho, com um
vazio no peito e com saudades de alguém
que nem sequer conheceu...

Sua alma disse a minha: Junto a ele eu fui feliz
ouvia belas canções e até de um tal Neruda
alguns versos decorei, em palácios e barracos
vivi grandes aventuras, sentia imensa ternura
por alguém tão sonhador...

Mas vou logo te avisando, não pense que vai
ser fácil, ele é como um beija-flor, voa livre
pelos campos, beija a todas no caminho, e não
se prende a nenhuma flor...

Refletindo o que me disse, minha vida é tão
vazia, que vale a pena tentar, quero ouvir
lindos versos e também belas canções, quero
viver em barracos, mas viver um grande amor...


Autora: Leila Mustafa Cury

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Amor Além da Eternidade

 O dia amanhacera, quando ele a avistou,
 com um vestido de chita e no cabelo uma flor.
 Meu pai com seu jeito nobre, de minha mãe
 se aproximou...

 Menina como é seu nome? Deslumbrada, com
 tão belo homem, com timidez respondeu,
 Ruth Arruda meu senhor. Eu me chamo,
 Mohamed Alí Mustafa, mas prá você, sou Agenor...

 É que estive na guerra e hoje sou um desertor.
 Verdadeiro só o sobrenome, eu escolhi o Agenor.
 E da soleira da porta, ela se levantou, tirou a flor do
 cabelo e para ele entregou...

 Quando secar, guarde dentro em um livro, para
 nunca me esquecer. Menina eu sou um nômade,
 não tenho muitas paradas, vou seguir o meu caminho,
 não tenho eira nem beira, nada a lhe oferecer...

 Meu senhor, também sou pobre, mas, meu pai é um
 homem rico, poderá nos ajudar. Porque és pobre com pai
 rico? E ela lhe respondeu, é uma história triste, sem mãe,
 sem lar, sem amor...

 De seu pai, só quero a filha, meu orgulho não tem
 preço, em palácios ou barracos, nunca vou te 
abandonar. Menina luz dos meus olhos! 
Voltarei prá te buscar. Vou ganhar algum dinheiro,
 para contigo casar...

 Com um sorriso radiante, ela assim lhe respondeu,
 tenho apenas 15 anos e muito tempo prá esperar.
 Todos os dias as cinco, sentarei aqui na porta, na
 esperança te ver voltar...

 E ele foi se afastando, altivo levando a flor.

 Numa tarde fria de inverno, ele apareceu. Trazia
 uma linda caixa, dentro um vestido lilás. 
Menina, vim aqui prá te buscar. Andei por muitos 
caminhos, vivi muitas aventuras, não consegui
 te esquecer.

Quer saber o fim da história? Ela nunca terminou, o 
moço belo de outrora, foi o único que ela amou. 
Tiveram nove filhos, eu sou a quinta desse amor.

 Um dia ele partiu, pouco depois ela o acompanhou.
 A flor seca, o livro e algumas fotos desbotadas,
 foi a herança, a lembrança e a saudade que ficou...

 E lá na eternidade, estão juntos abraçados, pois
 a missão foi cumprida, desde aquele vestido de
 chita, deixaram muitos frutos desse amor.
 Dentre eles havia um  anjo, que com seus
 lindos olhos verdes, na velhice os amparou.

 Autora: Leila Mustafa Cury

Prosas e Versos

Prosas e Versos
Prosas e versos que falam mais de mim do que eu mesma!

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Adoro escrever sobre borboletas azuis, sobre pássaros, flores, amores e emoções.